quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A Turma do Pererê, de Ziraldo



O Pererê foi uma série de histórias em quadrinhos brasileira publicada primeiramente em cartuns em 1959 nas páginas da revista O Cruzeiro. Seus personagens foram criados pelo autor e cartunista Ziraldo em 1958. Foi a primeira revista brasileira em quadrinhos que era totalmente colorida.

A revista explodiu na década de 1960; foi publicada mensalmente de outubro de 1960 a abril de 1964. A tiragem, em média, foi de 120 mil exemplares. Os quadrinhos voltaram a ser publicados em 1975 pela Abril, com o título atual de Turma do Pererê, mas foi cancelado no ano seguinte e teve apenas reedições nos próximos anos, até 1980 quando Ziraldo dedicou-se às histórias do Menino Maluquinho.


Segundo o próprio Ziraldo em sua autobiografia, "o Pererê, no dizer de Moacy Cirne, era um dos símbolos da época. Um tempo em que se acreditava que, pelas idéias, poderíamos mudar nossa história". As histórias se passavam na floresta fictícia brasileira "Mata do Fundão".

Hoje as histórias do Pererê fazem parte da memória de muitos adultos, tendo marcado uma fase na história deste tipo de publicações no Brasil.




domingo, 9 de agosto de 2015

Will Eisner - The Spirit


The Spirit é um herói de histórias em quadrinhos (EUA), criado pelo cartunista Will Eisner, e publicado pela primeira vez em 2 de junho de 1940 no suplemento dominical, conhecido informalmente como "The Spirit Section".


Entre as décadas de 1960 e 1980, o herói foi publicado pela Harvey Comics, e recebeu muitas republicações da Warren Publishing e Kitchen Sink Press. E nas décadas de 1990 e 2000, Kitchen Sink Press e DC Comics publicaram novas histórias do Spirit, de autoria de outros artistas.


Origem: The Spirit, era um dos nomes de, Denny Colt, um detetive policial que fora considerado morto, mas que na verdade vivia secretamente como um anônimo lutador no mundo do crime, apoiado pelo seu velho amigo e chefe da polícia de Central City, Comissário Nolan. Sua base era no cemitério da cidade. As histórias abordavam uma larga variedade de situações: crime, romance, mistérios, horror, comédia, drama e humor negro.

As primeiras histórias de "The Spirit", tinham sete páginas cada. A história mostrava semelhanças com Batman e Dick Tracy, e possuia muitos vilões coloridos, suas histórias eram contadas em sequência rápida. 
Sua origem e a máscara negra lembra o popular Lone Ranger (Cavalheiro Solitário).





Hergé - As Aventuras de Tintim e Milu


Tintim, é o protagonista da série "As Aventuras de Tintim", criada pelo quadrinista belga, Hergé em 10 de janeiro de 1929.
O Tintim, é um jovem repórter e viajante belga. 
Ele é auxiliado em suas aventuras desde o início por seu fiel cão Milu. 
Os dois apareceram pela primeira vez em 10 de janeiro de 1929, a principio voltado ao público infantil.


Com o passar do tempo, os temas foram ficando mais abrangentes à um publico mais juvenil e o elenco foi expandido com a adição do Capitão Haddock, o cientista quase surdo Trifólio Girassol, a cantora de ópera Bianca Castafiore, os detetives desajustados e gemeos Dupond e Dupont, entre outros personagens.


Começou como pequenas histórias em semanais, depois virou revista própria, de grande tiragem, foi adaptado também pra televisão e ganhou versões animadas, para o teatro e também para o cinema. 
As séries são uma das histórias em quadrinhos européias mais populares do século XX, sendo traduzidas para mais de 50 línguas e tendo mais de 200 milhões de cópias vendidas.


As aventuras de Tintim e Milu, são recheadas de elementos de fantasia, mistério, espionagem e ficção científica. E explora diversas regiões do planeta (e também a Lua).


sábado, 16 de maio de 2015

Entrevistamos o cartunista Valter Luis


Conhecemos o trabalho, do cartunista Valter Luis, através do seu blog, e ficamos muito felizes com o retorno e a atenção que ele nos deu, após mandarmos um e-mail, pedindo uma entrevista.

E logo após uma pesquisa sobre o histórico do Valter Luis, vimos que além de ser cartunista, ele já tem uma história no mundo das artes, pois, também é conhecido sob a alcunha de Walter Limonada e desenvolve vários trabalhos artísticos como por exemplo, compositor e cantor de rap, escritor (ele já lançou um livro de crônicas e poesias) e também é Artesão e Educador Social e Oficineiro de artes plásticas e visuais.

Olá, se apresente melhor para os nossos leitores ?

Meu nome é Valter. Nascido e criado no Município de São Bernardo do Campo (Região do Grande ABCD Paulista). Tenho um trabalho artístico como Rapper. E atualmente resolvi por nas ruas e na Internet, algumas de minhas ilustrações e rabiscos. Desenhos, Hip-Hop, Artesanatos, são coisas que realmente curto fazer, então não tem tempo ruim comigo.

Como você desenvolve as suas historias em Quadrinhos (H.Q.) ?


Eu até estou fazendo umas H.Q. mais longas, de três ou quatro páginas, porém ainda ficam engavetadas, por enquanto só estou divulgando minhas tirinhas mesmo. E os temas que eu uso são coisas cotidianas e comportamentais, algumas coisas que acontecem diretamente comigo também, e por ae vai.


Quais as suas influências no mundo dos quadrinhos ?

Então, o Sr. Geraldo, meu pai, já foi jornaleiro, ele teve banca de jornais, e eu tive o privilégio de sempre ler de tudo um pouco, desde que eu era “mulequinho”, os personagens do Mauricio de Souza e do Walt Disney me cativaram, Daniel Azulay, Ely Barbosa, Ziraldo, li bastante os Heróis Marvel e DC, também bebi da fonte mais underground, revista MAD com diversos cartunistas nacionais e estrangeiros, a Chiclete com Banana, Piratas do Tiete, Niquel Naúsea, Geraldão, Bundha, Striptiras e muitas outras revistas foram fundamentais, então meus traços ficaram meio que uma “mistureba” de tudo isso e muito mais, pois, muitos desenhos da televisão me infulenciaram também. E até os dias atuais, tem muitos cartunistas com excelentes trampos.

E agora você parou o seu trabalho musical e vai fazer quadrinhos ?

Ótima pergunta...
Vamos lá.... O meu trampo musical só está “descansando” um pouco, pretendo gravar novos sons em um futuro breve, com uma produção mais elaborada. E em paralelo, eu sempre li quadrinhos e fazia uns desenhos e rabiscos. As várias bancas de jornais que meu pai já teve, foram antes de eu ter uma correria musical. Eu cresci lendo de tudo e consequentemente desenhando, rabiscando, escrevendo. Só não fazia isso de forma profissional.

E quando você resolveu expor suas tirinhas de forma profissional ?

Então, eu já colocava algumas ilustrações nos Fanzines antigos que fazia e colaborava com outros Fanzineiros também. Era mais restrito, um circuito mais fechado e independente.
E a oportunidade de eu colocar de forma mais “profissa” nas ruas, foi através do mano Alessandro Buzo, que tem inúmeras correrias culturais, ativistas e artísticas, dentre elas é editor do Jornal Boletim do Kaos (Suburbano Convicto), um jornal impresso, na região central de Sampa e é distribuído na raça, pra tudo que é canto.


Onde podemos encontrar seus trabalhos atualmente ?

Além do Jornal Boletim do Kaos, as tirinhas estão também no site Jornalirismo, no site Rap Nacional, no Jornal Momento Certo e Jornal Impacto Cultural. Estou em negociação com outros jornais, talvez quando sair esta entrevista, já tenha até outras mídias divulgando, não vou citar ainda pois, não foi fechado as paradas. 
Há, e é claro, pode encontrar meus trampos em tirinhas, na minha Fan Page no Facebook e no meu blog oficial, ambos estão como “rabiscosdovalterluis”.

Existem mais projetos envolvendo suas ilustrações ?

Tem sim, fiz umas ilustrações para os livros de Poemas dos escritores Germano Gonçalves e pro Antonio D´Araujo.
Ilustrei a capa do novo CD do mano R.Jay. Que é um Rapper da zona Sul de SP. Acho que em breve ele põe esse material nas ruas.


Estou fazendo umas ilustrações para o novo livro da escritora Andréia Garcia, que faz várias crônicas sobre o cotidiano de quem anda nos trens e metrôs. Em breve, veremos novidades sobre isso.


E tem mais algumas parcerias em começo de andamento, e uns velhos contatos que pretendo retomar, mas, que serão citadas apenas quando tudo estiver fechado, pra não haver um comprometimento precipitado.

É verdade que você tá com um livro pronto, prestes a lançar ?

Opa, com certeza, ainda não tem uma data definida, mas, será para algum momento do segundo semestre de 2015.
Eu já estou captando recursos para lançar meu livro só de tirinhas, que já está pronto, mas, como é uma parada até o momento independente, só preciso de um apoio financeiro para lançar, inclusive, vou aproveitar o espaço aqui da entrevista e falar que se alguém, alguma editora ou alguma empresa quiser conversar e apoiar culturalmente, estou aberto pra conversar, quem sabe surge uma excelente parceria.



Palavras finais e Contatos:

Bom... Agradeço o pessoal do blog Central Tiroteka pela consideração e entrevista, e à todos que perderam um tempinho lendo esta entrevista. Tomara que tenham gostado das ideias e das tirinhas aê.
Comprem meu livro quando sair, heim ? (Risos).




Twitter: @Walterlimonada1

Firmezza ttottal !!!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

quinta-feira, 26 de março de 2015

quarta-feira, 18 de março de 2015

Glauco Vilas Boas - A História de um Cartunista



Nascido em Jandaia do Sul (PR), em 10 de março de 1957, Glauco Villas Boas foi descoberto mais tarde como um desenhista e cartunista. Seu primeiro contato foi com o jornalista José Hamilton Ribeiro, que publicou seus trabalhos no jornal Diário da Manhã de Ribeirão Preto, em 1976. Nesta época, mudou-se para a cidade e teria desistido do curso de Engenharia ao qual estudava para passar no vestibular. 

O cartunista foi premiado em prêmios como Salão Internacional de Humor de Piracicaba no ano seguinte e na 2ª Bienal de Humorismo y Gráfica de Cuba. Em 1984 fez a obra “Autobiografia com exageros”, onde publicou no caderno Ilustrada do jornal Folha de S.Paulo, onde mostrou personagens como Geraldão (1981), Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.



“Para meu tipo de desenho, só mesmo com a pena, que dá um traço peculiar”, revelou em entrevista. Utilizando do humor, das piadas rápidas e dos traços limpos, Glauco Villas Boas colaborou no projeto gráfico e estilo dos cartoons no Brasil. Eram trabalhos que costumavam expressar de uma forma inocente algo considerado significativo. Usava de realidades cotidianas como problemas conjugais, violência urbana, drogas, solidão, neurose e outros. 

Teve sua participação na Rede Globo sendo parte do elenco de redatores da TV Colosso e TV Pirata e desenvolveu algumas vinhetas. Além do público infantil da TV Colosso, criou uma versão menos agressiva do personagem Geraldão, sendo o Geraldinho destinado para crianças. Editou e colaborou com muitas revistas. Foi músico, costumava tocar guitarra em bandas de rock.



O fundador da Igreja Daimista Céu de Maria, que ficava na cidade de Osasco, foi Glauco. O desenhista fez de sua casa um local para as reuniões e era adepto ao Santo Daime, uma manifestação religiosa que surgiu na região amazônica e que é adepta a um chá considerado purificador da alma, chamado ayahuasca.

Glauco foi assassinado em Osasco na madrugada de 12 de março de 2010. 

Fonte: Jornal Diario da Manhã

Algumas tirinhas do personagem "Geraldão" de Glauco Vilas Boas